Por Marcos Eduardo Neves
Atendi ao telefone e era o Ruy Castro do outro lado. “Sugeri você a um cara que vai te ligar. É para um livro… sobre o Alex.” Agradeci, mas enquanto esperava o celular vibrar novamente, pensei, Alex??? Será?
Sempre tive comigo que biografia boa era de personagem polêmico. Fiz Renato Gaúcho e Heleno de Freitas, dois mulherengos boêmios; escrevi sobre o Francisco Horta, autor de frases e atos pirotécnicos nos tempos da Máquina Tricolor. Falava que livros sobre Zico ou Kaká eram passíveis de serem guardados ainda nos primeiros parágrafos, por culpa dos personagens terem sido tão exemplarmente certinhos: melhor seria ver suas obras em vídeo, Youtube ou o que valha.
Ainda assim, encarei o convite e fui a Curitiba conhecer Alex. Como projetos proliferam mais do que desejos de mulheres – a maioria não se concretiza – aproveitaria a oportunidade ao menos para dizer ao ex-meia do Coritiba, Palmeiras, Parma, Flamengo, Cruzeiro e Fenerbahçe que, para mim, ele foi o melhor jogador do mundo em 2003. De quebra, tiraria uma foto.
À mesa, porém, o papo rolou de forma ótima. Nossa sintonia se deu desde o momento em que começamos a conversar. Senti que ia dar livro. Deu.
Hoje, pouco mais de dois anos e meio após esse bate-papo inicial, inicio a saga de lançamento de “Alex – A Biografia”, meu oitavo livro – quinto sobre futebol – e peço permissão aos leitores para convidar vocês a uma leitura, acredito, sem precedentes na história da Literatura Esportiva Nacional.
Pela primeira vez um homem se dispôs a, numa dita biografia autorizada, deixar seu biógrafo dar espaço a seus desafetos. Pela primeira vez um ídolo nacional e internacional expôs suas fragilidades, seus medos, suas angústias, desceu ao patamar humano que, no fim das contas, ele é. Sem medo de quebrar uma imagem positiva demais, apenas em busca de uma verdade: a própria verdade, a verdade dos fatos.
Além de jogadas primorosas e gols espetaculares, esse livro traz mais. Traz bastidores do esporte paixão nacional. Revela acontecimentos que o torcedor sequer supõe existir, nas diversas relações que são feitas no meio: companheiros que às vezes jogam mais sujo que rivais, técnicos a fim de puxar tapete de comandado, dirigentes que não se impõem, presidentes “políticos” demais – e muitas vezes politicamente incorretos.
Alex, A Biografia. Editora Planeta. Quem achava Alex sereno demais vai se surpreender com a pólvora.
Próximos lançamentos:
- São Paulo – Dia 10/11, terça-feira, 19h. Livraria Cultura. Conjunto Nacional. Av. Paulista, 2073.
- Belo Horizonte – Dia 19/11, quinta-feira. Horário e local a confirmar.
- Curitiba – Dia 24/11, terça-feira, 18h30. Livrarias Curitiba. Park Shopping Barigui (Loja T17).
- Rio de Janeiro – Dezembro. Dia, horário e local a confirmar.
